Thursday, June 21, 2007

Explorar as PASE de 2007 - Divisão territorial do Circulo Polar Árctico (Terceiro Ciclo)

Continua-se a explorar as PASE de matemática de 2007 do terceiro ciclo do Ensino básico (ver posts anteriores).

5- O Circulo Polar Árctico encontra-se dividido, quer em graus, quer em percentagem, em cinco regiões, como se ilustra na figura. A região correspondente à Noruega tem 1380000 quilómetros quadrados. Determina o valor, aproximado ao quilómetro quadrado, da área da Rússia, representada no mapa como União Soviética. Apresenta todos os cálculos.


O maior aquecimento nas regiões equatoriais e o registo de temperaturas muito baixas nas regiões polares está relacionado com o ângulo de incidência dos raios solares à superfície. Uma incidência mais na vertical implica que o mesmo raio de sol tem menos atmosfera para atravessar e menor área à superfície para aquecer. Sendo assim, é mais eficaz no elevar das temperaturas. O contrário passa-se junto aos pólos, onde a maior obliquidade da radiação solar não só implica que maiores quantidades são reflectidas para o espaço, com também é mais elevada a massa atmosférica a atravessar, dificultando o aquecimento.

O Círculo Polar Ártico é o paralelo da latitude 66º 33’ 39" Norte cuja característica é delimitar a área terrestre que acima dele, tem pelo menos um dia de noite absoluta (24 horas de escuridão) no inverno e pelo menos um dia de luz absoluta (24 horas de sol) no verão boreal (sol da meia-noite).
As áreas ao norte deste paralelo são frias o ano inteiro, passando praticamente o tempo todo com temperaturas abaixo do ponto de congelamento. Nestas latitudes, a amplitude térmica anual é geralmente superior aos 30ºC, variando de vários graus abaixo de zero durante o inverno boreal, a até poucos graus acima de zero no verão boreal. Tanto que durante o inverno o Mar Glacial Ártico costuma congelar, formando uma calote de gelo durante a longa noite fria, que na latitude 90º N pode durar até seis meses.
As principais áreas pelas quais passa o Círculo Polar Ártico são o norte do Canadá, o sul da Groelândia, o extremo norte da Islândia (ilha de Grímsey), o norte da Escandinávia e o norte da Rússia.
Ao longo do tempo os Círculos Polares movem-se, estimando-se esse movimento em cerca de 15 metros por ano no sentido da redução.

A Oscilação do Atlântico Norte (NAO) origina um indice que pretende estudar a variabilidade do clima do Atlântico e tem a ver com certas condições climatéricas verificadas no Circulo Polar Árctico e no Arquipélago dos Açores.

A história do NAO é bastante longa: o missionário Hans Egede Saabye fez a seguinte observação no seu diário em 1770 "Quando o Inverno na Dinamarca é severo, tal como nos apercebemos, o inverno na Groenlândia é moderado, e vice-versa." Simultaneamente, flutuações coerentes nas temperaturas, precipitação e pressão ao nível do mar estão sendo registadas, em locais tão a Este quanto a Europa Central, tão a Sul como a África Ocidental Subtropical e tão a Oeste como a América do Norte". As flutuações de NAO influenciam o clima da América do Norte à Sibéria e do Oceano Árctico ao equador.
O índice da NAO é a diferença de pressão ao nível do mar entre duas estações meteorológicas situadas perto dos centros da depressão da Islândia e do Anticiclone dos Açores. A estação de Stykkisholmur (na Islândia) é usado como a estação de referência a Norte enquanto que as estações de Ponta Delgada (Açores) e Lisboa (Portugal Continental) são as estações meteorológicas de referência a Sul.
A construção desse índice deve-se ao facto de tanto na Islândia como em Ponta Delgada existirem dados meteorológicos pelo menos desde 1864.

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