___________________________________________
___________________________________________
____________________________________________
Exploração Para avaliar um paciente obeso e verificar o risco de patologias associadas é calculado o Índice de Massa Corporal (IMC), onde se utiliza o peso (em quilogramas) dividido pelo quadrado da altura (em metro).
O IMC apresenta boa correlação com a adiposidade corporal. Apresenta-se na tabela seguinte a classificação da obesidade consoante o IMC.
O uso de IMC, porém, ignora a distribuição de gordura corporal, além disso, está provado que o padrão de distribuição de gordura corporal pode estabelecer um prognóstico de risco para a saúde.
Na obesidade, mais comum em homens, a gordura está distribuída preferencialmente na região do tronco, com deposição aumentada na região intra-abdominal visceral. No tipo periférico inferior, a gordura acumula-se especialmente na região dos quadris, nádegas e coxas, típico de um padrão mais feminino. Através do cálculo da relação cintura/quadril, também se pode avaliar a distribuição de gordura corporal.
Não é possível, só com o peso e a altura de um indivíduo determinar o seu estado nutricional ou grau de obesidade, todavia, essas variáveis estão relacionadas. Nalguns casos a baixa estatura é usada como indicador de desnutrição no início da vida. A antropometria é um dos métodos de avaliação nutricional mais utilizados em estudos epidemiológicos, principalmente por ser uma técnica não-invasiva, de fácil aplicação, baixo custo e aceitação universal.
Existem vários paradoxos e preconceitos relativamente à obesidade. É crença comum que desnutição e pobreza se encontram relacionados. Os resultados de um estudo realizado no Brasil revelaram uma estreita relação entre obesidade e pobreza. As tradições culturais, os aspectos simbólicos e materiais de vida, a alimentação e as diferentes percepções do corpo entre as mulheres entrevistadas demonstraram ser fundamentais para a explicação do perfil de obesidade no grupo. Neste sentido, o estudo alerta para a necessidade de reconhecer as múltiplas faces da obesidade e, sobretudo as especificidades e singularidades dos diferentes segmentos da população. Tal perspectiva é importante para a proposição de estratégias e acções no campo das políticas de alimentação e nutrição.
No comments:
Post a Comment